O desenho experimental pode reduzir o número de animais em experimentos


Muitas pesquisas, especialmente em fisiologia e farmacologia, usam um número grande de animais que deveriam ser homogêneos em termos de expressão gênica e de padrões funcionais tanto quanto possível. Esse cuidado prmite que haja a reprodutibilidade dos resultados por outros cientistas em outros laboratórios. O que de fato não ocorre em grande parte das vezes.
Sabe-se que por mais homogênea que seja uma linahgem ou uma amostra, diferenças serão sempre aparentes. A tendência dos cientistas é refazer os testes e retirar da amostra os falsos positivos. Isso demanda muito trabalho, muito dinheiro, mais tempo e sobretudo, muito mais animais experimentais.
Alguns padrões comportamentais que são observados em experimentos desse tipo, como a emocionalidade dos animais, não são facilmente reproduzíveis. Variáveis aparentemente insignificantes como a posição do animal no lab, ao fluxo de luz e emissão de ruídos, podem alterar o comportamento. Fatores epigenéticos pouco compreendidos também podem alterar a predisposição dos animais de uma mesma linhagem ou ninhada na vida adulta.
Parece que o método para minimizar esses efeitos está em utilizar mais animais de linhagens diferentes, retirando os falsos positivos. Um grupo de pesqusiadores alemães e norte-americanos, liderados por Hanno Würbel, conseguiu demonstrar que é possível e desejável se utilizar uma amostra menos homogênea com resultados, pasmem, mais confiáveis.

O artigo foi publicado na Nature Methods e pode ser acessado clicando aqui.

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