A reatividade emocional e o estresse pré-abate podem alterar a qualidade da carne em borregos

Há um consenso tácito entre os defensores de um tratamento mais humanizado em animais durante a criação e antes do abate. As evidencias são poucas havendo um esforço de alguns etologistas e de técnicos na área de alimentação (químicos, engenheiros de alimentos, nutricionistas, etc) para verificar se realmente as condições dos animais antes do abate são determinantes para a qualidade da carne. Franceses que tem a ovinocultura como uma de suas atividades econômicas pecuárias mais importantes, vem investigando as relações entre bem-estar animal, abate mais humano e qualidade da carne. O estudo conduzido por Deiss e colaboradores, publicado on line na semana passada, divulgou que borregos que possuíam maior reatividade emocional antes do abate (medido principalmente pela frequência dos balidos e atração por outros animais no rebanho), apresentaram maior cortisolemia; a carne desses mesmos cordeiros resfriaram mais lentamente e baixaram o pH (a acidez) mais rapidamente após o abate do...