"Behaviour accumulation curves", um novo método para estudar repertórios comportamentais


Qual o tempo ou o esforço que devo fazer para obter o repertório do comportamno de um animal? Muitas vezes passamos tempo de mais (ou de menos) para saber se o repertório de uma espécie que desejamos estudar está completo. Um método descrito nessa semana na "Animal Behaviour", por pesquisadores mexicanos e espanhóis, ajudará bastante sobre essa questão. Os cientistas adaptaram a técnica de estimativa de biodiversidade utilizada na ecologia para a etologia. O método é simples: depois de tabulados os dados apropriadamente, depende da aplicação de um programa estatístico livre (EsmimateS) e da aplicação da fórmula de Clench.
A lógica do método é que a partir e um determinado momento, quanto mais esforço se fizer para observar, menor será a obtenção de novos comportamentos. Teoricamente para se obter 100% do repertório deveríamos ter observações infinitas.
O método tem uma limitação importante: não é apropriado para se averiguar comportamentos raros. O método permite verificar melhor repertórios com posturas simples, como gestos, postura do corpo, etc. Em compensação o método permite alocar um esforço economicamente viável e planejar melhor esse esforço. Ainda permite fazer comparações do repertório de táxons diferentes mas assemelhados em seus comportamentos.
Confira usando o site da CAPES: P. A. D. Dias, et al., Behaviour accumulation curves: a method to study the completeness of behavioural
repertoires, Animal Behaviour (2009), doi:10.1016/j.anbehav.2009.02.015.


Observação: nas referencias há um arigo citado, publicado por sócios da SBEt:Pereira, W., Elpino-Campos, A., Del-Claro, K. & Machado, G. 2004. Behavioral
repertory of the Neotropical harvestman Ilhaia cuspidata (Opiliones, Gonyleptidae).
Journal of Arachnology, 32, 22–30.

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